O topónimo “Cardosas” deriva do latim “cardosus” que significa “terreno onde abundam cardos.
Através de informação arquivada na torre do tombo percebe-se que Cardosas foi filial da paróquia de Nossa Senhora da Salvação da Vila de Arruda, da qual foi desanexada por Bulas Apostólicas, em 1562, dando criação à região de S.Miguel das Cardosas.
No século XVIII, Cardosas era um curato apresentado anualmente ao povo, em Domingo de Páscoa. O cura vencia uma côngrua de sessenta e dois alqueires de azeite, uma pipa de vinho em mosto, dois cântaros de azeite e sete mil réis em dinheiro.
No terramoto de 1 de Novembro de 1755, consta que Cardosas fora o lugar menos afetado do distrito de Lisboa, tendo apenas abanado algumas telhas da igreja, caído alguns tijolos do Cruzeiro e ocorrido rachas na Torre do Sino e na Sacristia.
Posteriormente, durante um período de vinte anos ocorreram várias alterações em relação ao concelho a que pertenceu. Em 1877 passa a fazer parte do Concelho de Sobral de Monte Agraço, em 1890 fez novamente parte de Arruda dos Vinhos, em 1895 faz parte do Concelho de Vila Franca de Xira e, em 1897, passou definitivamente a fazer parte do Concelho de Arruda dos Vinhos.
Embora a criação da Freguesia date do século XVI, existem indícios de que a nossa localidade fora habitada muitos anos antes tendo como ponto de referência uma Ponte de características Romanas situada sobre a Ribeira das Cardosinhas.
São Miguel Arcanjo é o orago da Freguesia de Cardosas que, no terceiro fim de semana de Setembro é celebrado através dos festejos anuais em sua honra.
Não é conhecida ao certo a data da fundação da igreja da Freguesia, apenas se tem conhecimento que em 1562, data da fundação da Freguesia, já existia a igreja, tendo a mesma sido construído pelos moradores da freguesia. A Igreja é de uma só nave e apresenta três altares.
Na Freguesia existem três fontes onde, antigamente os moradores iam beber, a Fonte dos Clérigos, a Fonte Ireira e a Fonte de Baixo.
Existiam ainda nove quintas, sendo a principal a Quinta da Sardinha. Existia ainda a Quinta do Loureiro, a Quinta do Outeiro, a Quinta de Henrique da Cunha e Ataíde, a Quinta do Palmeiro, a Quinta da Caldeira, a Quinta de Val de Flores, a Quinta das Caldeiras e a Quinta do Mato Sobral.
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